| | Sistema Esquelético | |
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Número de Mensagens : 12 Data de inscrição : 11/12/2007
| Assunto: Sistema Esquelético Qua Dez 12, 2007 9:55 pm | |
| SISTEMA ESQUELÉTICO
O SISTEMA ESQUELÉTICO TEM COMO PRINCIPAIS FUNÇÕES: - Promover o suporte para o corpo; - Proteger os órgãos vitais; - Auxiliar na realização do movimento do corpo; - Hematopoiese; - Prover um local de armazenamento para o cálcio. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO O esqueleto é dividido em duas partes funcionais: - Esqueleto axial – formado pelos ossos do crânio e da face, osso hióide, coluna vertebral, esterno e costelas. - Esqueleto apendicular é formado: - pela cintura escapular e ossos dos membros superiores; - pela cintura pélvica e ossos dos membros inferiores.
TIPOS DE OSSO Existem dois tipos de osso: - osso compacto: denso e forte, constituído por delgadas lâminas ósseas que se sobrepõem umas às outras, unindo-se em torno de um centro. - osso esponjoso: é constituído por delgadas lâminas que se dispõem de modo a formar cavidades pequenas.
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS OS OSSOS SÃO IDENTIFICADOS POR CINCO TIPOS DE ACORDO COM A FORMA: - Ossos longos; - Ossos curtos; - Ossos planos; - Ossos irregulares; - Ossos sesamóides. Ossos longos - São constituídos por uma haste (diáfise) e duas extremidades (epífises). - O interior da diáfise é formado por uma cavidade medular (canal medular). A diáfise é composta em grande parte por tecido compacto. - As extremidades da diáfise e de cada epífise, são constituídas no centro por osso esponjoso, circundadas por uma fina camada de osso compacto. Exemplo: úmero.
Ossos curtos - São curtos e irregulares; - São formados por tecido esponjoso, revestido na maior parte das vezes, superficialmente, por uma camada de tecido compacto. Exemplo: os ossos do carpo e do tarso.
Ossos planos - Têm o aspecto de uma lâmina; - São formados por tecido compacto, no meio do qual, se encontra uma camada de tecido esponjoso; Exemplo: temos os ossos da abóbada craniana.
Ossos irregulares Exemplo: vértebras.
Ossos Sesamóides - São pequenos, arredondados e envolvidos num tendão e tecido fascial, encontrado adjacente às articulações. Exemplo: patela ou rótula.
COMPOSIÇÃO DO OSSO O osso é formado por tecido conjuntivo, por três tipos de células e por uma matriz, composta por fibras de colagénio envolvidas numa substância fundamental calcificada. Células ósseas No osso encontram-se três tipos de células: - Osteoblastos – forma jovem de célula óssea, que elabora a osseína. Está presente no tecido conjuntivo e no tecido cartilagíneo em vias de ossificação. O osteoblasto transforma-se em osteócito. São responsáveis pelo crescimento e formação dos ossos. - Osteócito – célula constituída por tecido ósseo que atingiu a maturidade. Participam em parte do mecanismo regulador para a manutenção normal do cálcio sanguíneo. - Osteoclastos – são raros nos adultos e mais numerosos nos ossos jovens, onde têm uma função no processo de absorção óssea. São responsáveis pelo crescimento e formação dos ossos. Membranas do osso - Periósteo – tecido conjuntivo fibroso que reveste a superfície externa do osso, excepto as superfícies articulares (estas são revestidas por cartilagem hialina). - Endósteo – tecido conjuntivo delicado que reveste as cavidades do osso, incluindo os espaços medulares, cavidades medulares e canais haversianos. O periósteo e o endósteo contêm células percursoras de osteoblastos.
Medula óssea
Nos adultos, os espaços medulares de costelas, vértebras, esterno e pelve contêm medula óssea vermelha que funciona na hematopoiese, formação de eritrócitos, leucócitos e megacariócitos (que se desintegram para formar plaquetas). As cavidades medulares dos ossos longos são preenchidas com medula óssea amarela (essencialmente tecido adiposo). HISTOLOGIA DO OSSO A unidade funcional microscópica do osso compacto é conhecida como Sistema de Harvers. - Em cada sistema, existe um canal de Harvers central, contendo vasos sanguíneos, circundado por anéis concêntricos designados lamelas. - Os osteócitos localizam-se entre as lamelas, num espaço chamado lacuna. - Os canalículos ligam as lacunas entre si e com o canal de Harvers central. A estrutura do osso esponjoso designa-se por Sistema de Harvers incompleto, uma vez que os vasos sanguíneos haversianos estão ausentes e o canalículo comunica-se directamente com os vasos sanguíneos do endósteo.
CRESCIMENTO E FORMAÇÃO DO OSSO Existem dois tipos de formação óssea: 1 – Ossificação intramembranosa – os ossos crescem através da ossificação intramembranosa, na qual são formados modelos de osso mesenquimal durante os períodos embrionário e pré-natal. 2 – Ossificação endocondral – na qual são formados modelos de cartilagem durante o período fetal, com a subsequente substituição da maior parte da cartilagem por osso após o nascimento.
ESQUELETO AXIAL Ossos do crânio O crânio é o esqueleto da cabeça e é dividido em duas partes: - Neurocrânio e Viscerocrânio. Neurocrânio - É o revestimento ósseo do encéfalo e dos seus revestimentos membranáceos: as meninges cranianas; - Contém partes proximais dos nervos cranianos e a rede vascular do encéfalo; - Tem um tecto em forma de cúpula, a calvária ou calota craniana e um assoalho ou base do crânio. - Nos adultos, é formado por uma série de 8 ossos: - 4 ossos ímpares centralizados na linha mediana: frontal, etmoidal, esfnoidal e occipital; - 2 conjuntos de ossos pares e bilaterais: temporal e parietal. Viscerocrânio - É o esqueleto facial formado pelos ossos da face; - É formado por ossos irregulares: - 3 ossos ímpares centralizados na linha mediana: mandíbula, etmóide e vômer; - 6 ossos pares e bilaterais: maxilas, conchas nasais inferiores, zigomáticos, palatinos, ossos nasais e lacrimais. - As maxilas e mandíbula, são ossos que circundam a boca e abrigam os dentes. Ossos ímpares do Neurocrânio: Frontal – é um osso plano que forma o esqueleto da fronte e articula-se inferiormente com os ossos nasal e zigomático. Este osso também se articula com o lacrimal, etmóide e esfenoide. O osso frontal é separado dos ossos parietais pela sutura coronal. Etmóide – é o osso mais leve do crânio e consiste predominantemente de tecido esponjoso. O etmóide é um osso irregular e é a principal estrutura de suporte da cavidade nasal e contribui para a formação das órbitas. Esfenoide – é um osso irregular, forma a porção anterior da base do crânio, articula-se anteriormente com o etmóide e o frontal, e posteriormente com o occipital. Occipital – é um osso plano que forma a base do crânio, articula-se anteriormente com os ossos parietais formando a sutura lambdóide. A porção inferior possui uma grande abertura, o forame magno, por onde passa a medula espinhal. Ossos pares do Neurocrânio Temporal – os dois ossos temporais são irregulares, auxiliam na formação dos lados e da base do crânio. Cada um inclui a orelha e forma a fossa para a articulação da mandíbula. Parietal – os dois ossos parietais formam os lados e o tecto do crânio e articulam-se na linha mediana formando a sutura sagital. Ossos ímpares do Viscerocrânio Mandíbula – ou osso maxilar inferior é o mais forte e mais longo osso da face. Etmóide Vômer – é um osso achatado e constitui a poção póstero-superior do septo nasal.
Ossos pares do Viscerocrânio Maxila – formada por dois ossos denominados maxilares que estão fixos ao resto do crânio e não se movem. Conchas nasais inferiores - as duas conchas nasais inferiores, são ossos independentes que se localizam, um em cada cavidade nasal, na porção lateral. Zigomáticos – estes dois ossos formam a proeminência das maças do rosto, localizam-se sobre as maxilas, articulando-se com os seus processos zigomáticos. Palatinos – os ossos palatinos formam o tecto da boca, o palato duro. Parte dos ossos palatinos estende-se para cima e auxilia na formação da parede externa da cavidade nasal. Nasais – os dois ossos nasais articulam-se para formar a ponte do nariz. Superiormente, esses ossos achatados articulam-se com o osso frontal e constituem uma pequena porção do tecto da cavidade nasal. Lacrimais – os dois ossos lacrimais compõem parte da órbita no ângulo interno do olho. Esses ossos dispõem-se imediatamente atrás do processo frontal da maxila.
Suturas do Crânio A região superior do crânio é designada por cúpula do crânio e é atravessada por três suturas (ligações que não permitem mobilidade):
1 – Sutura Coronal – separa o osso frontal dos parietais. 2 – Sutura Sagital – separa os dois ossos parietais (linha sagital mediana). 3 – Sutura Lambdóide – separa os ossos parietais do osso occipital. O ponto de encontro das suturas coronal e sagital é designado de Bregma. O ponto de encontro das suturas sagital e lambdóide é chamado de Lambda.
O Osso Hióide - Este osso não possui articulação; - É suspenso a partir do processo estilóide do osso temporal por dois ligamentos estilóideos; - Externamente, a sua posição, é observada no pescoço, entre a mandíbula e a laringe; - Tem uma forma semelhante a ferradura com duas projecções laterais; - O osso hióide funciona como suporte para a língua. Coluna vertebral - É formada por uma série de 33 vértebras organizadas em 5 regiões:
- 7 cervicais; - 12 torácicas; - 5 lombares; - 5 sacrais; - 4 coccígeas. - Só há movimento significativo entre as 25 vértebras superiores. - As vértebras tornam-se maiores gradualmente à medida que a coluna vertebral desce até ao sacro e depois tornam-se progressivamente menores em direcção ao ápice do cóccix. - A mudança de tamanho é devida ao facto das vértebras sucessivas suportarem cada vez maior peso corporal à medida que a coluna vertebral desce. As vértebras atingem o tamanho máximo imediatamente acima do sacro, que transfere o peso para os membros inferiores. - A coluna vertebral é flexível porque é formada por muitos ossos relativamente pequenos, as vértebras. Estrutura da vértebra Características gerais Uma vértebra geral é formada por: 1 corpo vertebral, um arco vertebral e sete processos (1 processo espinhoso, 2 processos transversos e 4 processos articulares).
Corpo Vertebral – constitui a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para a frente, é representado por um segmento cilíndrico, apresentando uma face superior e outra inferior. - Função: Confere resistência à coluna vertebral e sustenta o peso do corpo. Arco vertebral – está localizado posteriormente ao corpo vertebral e é formado por 2 pedículos e por 2 lâminas. Os pedículos projectam-se posteriormente do corpo vertebral para encontrar as lâminas que se unem na linha mediana. O arco vertebral forma as paredes do forame vertebral, por onde passa o canal medular (contém a medula espinal, raízes dos nervos, espinais, meninges, gordura e vasos). Um Processo espinhoso mediano projecta-se posteriormente a partir do arco vertebral na junção das lâminas. - Função: proporcionam fixações para os músculos profundos do dorso e facilitam os músculos que fixam ou mudam a posição das vértebras. Dois processos transversos – projectam-se póstero-lateralmente a partir da junção dos pedículos e lâminas. - Função: proporcionam fixações para os músculos profundos do dorso e facilitam os músculos que fixam ou mudam a posição das vértebras. Quatro processos articulares – dois superiores e dois inferiores que se originam das junções dos pedículos e lâminas, cada um deles sustentando uma face articular. - Função: determinam os tipos de movimento permitidos e restritos entre as vértebras adjacentes a cada região. Também a ajudam a manter alinhadas as vértebras adjacentes, evitando o deslizamento anterior de uma vértebra sobre a vértebra abaixo. Características regionais Vértebra Cervical - Localizam-se entre o crânio e as vértebras torácicas. - São as mais pequenas porque sustentam menos peso do que as outras vértebras. - As duas primeiras vértebras cervicais são atípicas. - A C1 ou Atlas não possui corpo nem processo espinhoso. - A C2 ou Áxis, é a mais forte das vértebras cervicais e apresenta um processo ósseo forte denominado Dente (Processo Odontóide) que se localiza anterior à medula e serve como eixo em torno do qual ocorre a rotação. Parte Características Corpo Pequeno e mais largo lateralmente do que antero-posteriormente; superfície superior côncava e inferior convexa. Forame Vertebral Grande e triangular. Processos Transversos Forames tranversos pequenos ou ausentes em C7. Processos Articulares As faces articulares são quase horizontais nesta região. Processos Espinhosos Curtos (C3-C5) e bífidos (C3-C6); processo de C6 longo e de C7 mais longo. Vértebra Torácica Parte Características Corpo Tem a forma de coração; uma ou duas fóveas costais para articulação com a cabeça da costela. Forame Vertebral Circular e menor do que os forames das vértebras cervicais e lombares. Processos Transversos Longos e fortes; o comprimento diminui de T1 para T12. Processos Articulares O plano das faces articulares está no arco centralizado sobre o corpo vertebral. Processos Espinhosos Longos; as extremidades estendem-se até o nível do corpo vertebral abaixo. Vértebra Lombar Parte Características Corpo Grande. Forame Vertebral Triangular; maior que nas vértebras torácicas e menor que nas vértebras cervicais. Processos Transversos Longos e delgados, processo acessório na superfície posterior da base de dada processo. Processos Articulares Processo mamilar na superfície posterior de cada processo articular superior. Processos Espinhosos Curtos e fortes; espessos, largos e em forma de machadinha.
Última edição por em Qua Dez 12, 2007 10:01 pm, editado 2 vez(es) | |
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| Assunto: Re: Sistema Esquelético Qua Dez 12, 2007 9:57 pm | |
| Sacro - O sacro é grande, triangular, geralmente é formado por 5 vértebras fundidas, está localizado entre os ossos do quadril e forma o tecto e a parede póstero-superior da cavidade pélvica posterior. - O formato triangular do sacro resulta da rápida diminuição do tamanho das massas laterais das vértebras sacrais durante o desenvolvimento. - A metade inferior do sacro não sustenta peso, sendo assim, o seu volume diminui consideravelmente. - O sacro transmite o peso do corpo aos membros inferiores. - O canal sacral é a continuação do canal vertebral no sacro, que contem o feixe de raízes dos nervos espinais originados inferiormente à vértebra L1, conhecido como cauda equina. - O sacro sustenta a coluna vertebral e forma a parte posterior da pelve óssea. - O sacro é inclinado de forma a articular-se com a vértebra L5 no ângulo lombossacral, que varia de 130º a 160º. - Em relação ao comprimento, o sacro é mais largo na mulher do que no homem, mas o corpo da vértebra S1 geralmente é maior nos homens. Cóccix - É um pequeno osso triangular, geralmente formado pela fusão de 4 vértebras cóccigeas rudimentares, embora em algumas pessoas possa haver uma a mais ou a menos. - O cóccix não participa com as outras vértebras na sustentação do peso do corpo de pé, mas, na posição sentada, pode sofrer alguma flexão anterior, indicando que está a receber algum peso. Curvaturas da Coluna Vertebral Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas: - Cervical (convexa), - Torácica (côncava), - Lombar (convexa), - Pélvica (côncava). Quando uma destas curvaturas aumenta, chamamos de Hipercifose (Região torácica e pélvica) ou Hiperlordose (Região cervial e lombar). Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura, quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos por Escoliose. Esqueleto do tórax - O esqueleto torácico assume a forma de uma gaiola abaulada, a caixa torácica, com grades horizontais formadas pelas costelas e cartilagens costais, sustentadas pelo esterno vertical e pelas vértebras torácicas. Principais funções da Caixa Toráxica: - Proteger os órgãos internos torácicos e abdominas das forças externas; - Resistir às forças internas negativas (subatmosféricas) geradas pela retracção elástica dos pulmões e pelos movimentos inspiratórios; - Proporcionar fixação para os membros superiores e sustentar o seu peso; - Proporcionar a fixação (origem) de muitos músculos que movimentam e mantêm a posição dos membros superiores em relação ao tronco, além de proporcionar fixação para os músculos do abdómen, pescoço, dorso e da respiração.
Esqueleto da parede torácica Inclui 12 pares de costelas e cartilagens costais, 12 vértebras torácicas e os discos intervertebrais interpostos entre elas, e o esterno. Costelas - São ossos leves, planos e curvos que formam a maior parte da caixa torácica. Cada costela possui um interior esponjoso contendo medula óssea. Existem três tipos de costelas: - Costelas verdadeiras (vertebrocostais) – 1ª à 7ª costela, fixam-se directamente ao esterno através das suas próprias cartilagens costais. - Costelas falsas (vertebrocondrais) – 8ª, 9ª e geralmente a 10ª costela, as suas cartilagens são unidas à cartilagem da costela acima delas e a sua conexão com o esterno é indirecta. - Costelas flutuantes (vertebrais, livres) – 11ª, 12ª e algumas vezes a 10ª costela, as cartilagens rudimentares erminam na musculatura abdominal superior, não se conectam com o esterno. Costelas típicas – da 3ª à 9ª possuem características comuns, cada costela possui uma cabeça, colo, tubérculo e corpo. Costela atípica – 1ª, 2ª, 11ª e a 12ª são diferentes das costelas típicas, a 1ª costela é achatada e o tubérculo funde-se ao ângulo; o corpo da 2ª costela possui uma tuberosidade para fixação do músculo serrátil anterior; a 11ª e a 12ª costelas não possuem colo e tubérculo e a 12ª costela é mais curta que a maioria.
Esterno - É plano e alongado e forma a região intermediária da parte anterior da caixa torácica. O esterno possui três partes: manúbrio, corpo e o processo xifóide. Manúbrio – é a mais larga e espessa das três partes do esterno. Nas regiões superior e externa, o manúbrio articula-se com a clavícula, através das articulações esternoclaviculares. Entre os dois pontos da articulação está a incisura jugular. A cartilagem costal da 1ª costela está firmemente fixada à borda lateral do manúbrio. Corpo – é mais longo, mais estreito e mais fino que o manúbrio, está localizado a nível das vértebras T5-T9. O corpo exibe incisuras em ambos os lados para conexão com as costelas (da 2ª à 7ª). Processo Xifóide – é a menor e mais variável parte do esterno, é fino e alongado. Está localizado a nível da vértebra T10. Não existem costelas ligadas ao processo xifóide. A sua junção com o corpo do esterno indica o limite inferior da parte central da cavidade torácica. Membro superior - É caracterizado pela sua mobilidade e capacidade de golpear, segurar e realizar actividades motoras simples (manipulação). O membro superior divide-se em 4 segmentos: - Ombro, Braço, Antebraço e Mão. Clavícula - A clavícula une o membro superior ao tronco. - Embora tenha aspecto de um osso longo, a clavícula não possui cavidade medular. É formada por osso esponjoso com revestimento de osso compacto. - O corpo da clavícula tem a forma de um S articulando-se com o manúbrio, na sua extremidade esternal e com o acrómio na sua extremidade acromial. Funções da clavícula - Serve como um suporte, na qual está suspensa a escápula e o membro superior, mantendo-os afastados do tronco, de forma que o membro tenha máxima liberdade de movimento. - Transmite choques (impactos traumáticos) do membro superior para o esqueleto axial. Escápula - A escápula é um osso plano, triangular, localizado sobre a face posterior e lateral do tórax, cobrindo a área da 2ª à 7ª costelas. - A face posterior, convexa, da escápula é dividida pela espinha da escápula, numa pequena fossa supra-espinal e uma fossa infra-espinal maior. - A face costal é côncava e forma a fossa sub-escapular. - A espinha é formada pelo acrômio que se articula com a extremidade acromial da clavícula. - A face lateral da escápula possui a cavidade glenóide, que se articula com a cabeça do úmero. Funções da escápula - Forma a base móvel a partir da qual age o membro superior. - Oferece grandes áreas de superfície e margens para fixação dos músculos. - Esses músculos movem a escápula, mantêm a integridade e produzem movimento na articulação do ombro. Úmero - É o maior osso do membro superior, articula-se com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e o cúbito na articulação do cotovelo. - A cabeça do úmero esférica articula-se com a cavidade glenóide da escápula. - A porção superior do úmero possui duas proeminências, os tubérculos, um maior e um menor. - O colo cirúrgico, assim chamado, porque é o local onde a maioria das fracturas ocorre em pessoas idosas, localiza-se abaixo dos tubérculos. - A extremidade distal do osso torna-se achatada e termina nos epicôndilos medial e lateral. - A superfície articular da extremidade distal do úmero é formada pelo capítulo, uma saliência arredondada e lisa que se articula com o rádio e a tróclea. - A superfície anterior da extremidade distal é a fossa coronóide e a superfície posterior é a fossa olecraniana. Funções do Úmero - A sua cabeça esférica permite uma grande amplitude de movimento sobre a base escapular, e a tróclea e o capítulo na sua extremidade distal facilitam os movimentos do tipo dobradiça do cotovelo e, ao mesmo tempo, rotação do rádio. - O corpo do úmero forma uma alavanca eficaz para aumentar a força no levantamento. Cúbito - É o osso que estabiliza o antebraço, é o mais medial e o mais longo do antebraço. - Articula-se com o úmero através da superfície anterior do olecrânio – incisura troclear. - Projectando-se abaixo do olecrânio, está o processo coronóide, que forma a porção inferior da incisura troclear. - A extremidade do cúbito é conhecida como cabeça e articula-se com a incisura do rádio e com um disco fibrcartilaginoso. Rádio - Localizado lateralmente, é o mais curto dos dois ossos do antebraço. - Articula-se com o cúbito por uma membrana interóssea que cruza a área entre o eixo dos dois ossos. - A cabeça radial articula-se com o capítulo do úmero. - A cabeça do cúbito encaixa-se na incisura ulnar, na extremidade distal do rádio. - O processo estilóide do rádio articula-se com os ossos do punho.
Funções do Cúbito e do rádio - Juntos formam um suporte articulado que serve para posicionar a mão. - Como o antebraço é formado pelo rádio e o cúbito, é possível o rádio girar em torno do cúbito e realizar movimentos de pronação e supinação. Ossos da Mão - O carpo é formado por oito ossos carpais dispostos em duas fileiras, proximal e distal, de quatro ossos. - O carpo é acentuado convexo posteriormente e côncavo anteriormente. Da região lateral para medial, os quatro ossos na fileira proximal são: - Escafóide – tem a forma de barco e articula-se com o rádio na parte proximal e possui um proeminente tubérculo do escafóide, é o maior osso na fileira proximal dos carpais. - Semilunar – tem a forma de meia-lua, localiza-se entre o escafóide e o piramidal, articula-se com o rádio na região proximal e é mais largo na parte anterior do que na posterior. - Piramidal – localiza-se na face medial do carpo, articula-se na região proximal com o disco articular da articulação radiulnar distal. - Pisiforme – um pequeno osso em forma de ervilha, situado na face palmar do piramidal. Da região lateral para medial, os quatro ossos na fileira distal de carpais são: - Trapézio – um osso com quatro faces situado na região lateral do carpo, articula-se com o 1º e o 2º metacarpais, escafóide e trapezóide. - Trapezóide – um osso cuneiforme, semelhante ao trapézio; articula-se com o 2º metacarpal, trapésio, capitato e escafóide. - Capitato – tem a forma de cabeça, com uma extremidade arredondada; é o maior osso do carpo e articula-se principalmente com o 3º metacarpal distalmente, e com o trapezóide, escafóide, semilunar e hamato. - Hamato ou Uncinado – um osso cuneiforme na região medial da mão; articula-se com o 4º e 5º metacarpais, capitato e piramidal. - O metacarpo forma o esqueleto da palma da mão entre o carpo e as falanges. - É formado por cinco ossos metacarpais. - Cada metacarpal possui base, corpo e cabeça. - As bases dos metacarpais proximais, articulam-se com os ossos carpais, e as cabeças dos metacarpais, distais, articulam-se com as falanges proximais e formam as articulações metacarpofalângicas. - O 1º metacarpal (polegar) é o mais largo e mais curto desses ossos. - Cada dedo possui 3 falanges, excepto o polegar que tem apenas 2, no entanto, as falanges do polegar são mais fortes do que as dos outros dedos. | |
| | | 0scar Admin
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| Assunto: Re: Sistema Esquelético Qua Dez 12, 2007 9:57 pm | |
| Funções da Mão - Os dedos alongados, altamente flexíveis, permitem apreender, manipular ou realizar tarefas complexas, envolvendo múltiplos movimentos individuais e simultâneos. Membros Inferiores Os membros inferiores são extensões do tronco especializadas para sustentar o peso do corpo, e permitir a locomoção, a capacidade de se deslocar de um lado para o outro e manter o equilíbrio. O membro inferior é dividido em 6 partes principais: 1 – Região Glútea (nádegas e região do quadril); 2 – Coxa ou Região femoral; 3 – Joelho; 4 – Perna; 5 – Tornozelo; 6 – Pé. Osso do quadril - O osso do quadril maduro (a partir dos 20-25 anos), é o grande osso pélvico plano, formado pela fusão de três ossos primários: 1 – Ílio; 2 – Ísquio; 3 – Púbis. Ílio - Representa a maior parte do osso do quadril e possui partes posteriores e laterais, as asas, para a fixação de músculos. - O corpo do ílio une-se ao púbis e ao ísquio para formar o acetábulo. - É constituído pela crista íliaca que se projecta, anteriormente, formando as espinhas ilíacas ântero-superiores e ântero-inferiores. - A sua crista ilíaca estende-se posteriormente terminando nas espinhas ilíacas póstero-superiores e póstero-inferiores. Ísquio - O isquío forma a parte posterior e inferior do osso do quadril. A parte superior do corpo do ísquio funde-se com o púbis e com o ílio e forma a parte posterior e inferior do acetábulo. - O ramo do ísquio une-se ao ramo inferior do púbis para formar o ramo ísquio-púbico. - É também constituído pela espinha isquiática que separa a incisura isquiática maior, da incisura isquiática menor. - A projecção óssea rugosa da extremidade inferior do corpo do ísquio é o grande túber isquiático, onde o peso do corpo fica apoiado, na posição sentada.
Púbis - Forma a parte medial e anterior do osso do quadril, contribuindo para a formação da parte anterior do acetábulo. - O púbis é constituído por um corpo achatado e dois ramos, um superior e outro inferior. - Os ramos são suportes esqueléticos fortes que mantém o arco formado pelo sacro e pelos dois ílios, através do qual o peso axial é dividido e transferido lateralmente para os membros inferiores quando a pessoa está de pé e para os túberes isquiáticos, quando está sentada. - Medialmente, a face sinfisal do corpo do púbis, articula-se com a fase correspondente do corpo do púbis contralateral, constituindo a sínfise púbica. - A margem antero-superior dos corpos unidos e da sínfise forma a crista púbica.
Forame Obturador - É uma grande abertura oval e irregular do osso do quadril. - É limitado pelo púbis e ísquio e pelos seus ramos. - O forame obturador é fechado pela membrana obturadora fina e forte. - A presença do forame minimiza o peso.
Acetábulo - É a grande cavidade da face lateral do osso do quadril, onde se articula com a cabeça do fémur para formar a articulação do quadril. - O ílio, o isquío e o púbis contribuem para a formação do acetábulo. Fémur - É o osso mais longo e mais pesado do corpo. - O fémur não está numa linha vertical com o eixo do corpo quando erecto. - A região proximal do fémur é em forma de L, formando um ângulo com o corpo de orientação oblíqua. - No local onde o colo se une com o corpo do fémur há duas grandes elevações arredondadas denominadas trocanteres – o trocanter menor e o trocanter maior. - O local de união entre o colo e o corpo é indicado pela linha intertrocantérica. - Inferiormente é formado por dois côndilos, um medial e outro lateral que formam quase toda a extremidade inferior do fémur. - Os côndilos femorais articulam-se com os meniscos e com os côndilos tibiais para formar articulação do joelho. - Os côndilos são separados posterior e inferiormente por uma fossa intercondilar, mas fundem-se anteriormente, formando uma depressão longitudinal rasa, a face patelar, que se articula com a patela. - A superfície lateral do côndilo lateral possui uma projecção central denominada epicôndilo lateral. - A superfície medial do côndilo medial tem um epicôndilo medial maior e mais proeminente, superiormente ao qual se forma o tubérculo do adutor. - Os epicôndilos permitem fixação proximal dos ligamentos colaterais da articulação do joelho.
Funções do Fémur - O fémur permite acomodar a nossa postura erecta e permitir a marcha e a corrida bípedes. Tíbia - Localiza-se na face anterior e medial da perna, quase paralela ao perónio. - É o segundo maior osso do corpo. - A extremidade superior forma os côndilos medial e lateral que se articulam com os côndilos do fémur. - As superfícies articulares são separadas pela eminência intercondilar formada por dois tubérculos intercondilares. - Os tubérculos encaixam-se na fossa intercondilar entre os côndilos do fémur. - A extremidade distal da tíbia é menor e prolonga-se com o maléolo medial. - A face articular inferior da tíbia e a face articular do maléolo medial articulam-se com o tálus. - A membrana interóssea permite a fixação dos dois ossos da perna. - Inferiormente, a incisura fibular, permite a fixação à extremidade distal do perónio. Perónio - O perónio localiza-se póstero-lateralmente à tíbia e está firmemente fixada a ela pela membrana interóssea. - A extremidade superior do perónio é formada por uma cabeça que se articula com o côndilo lateral da tíbia na sua face póstero-lateral. - A extremidade inferior termina no maléolo lateral, no qual se fixam os ligamentos externos. - O perónio articula-se distalmente com a tíbia e com o tálus. Funções da Tíbia e do Perónio - A tíbia sustenta o peso de tudo acima dela. O perónio não sustenta peso, auxilia a tíbia e serve principalmente para fixação muscular. - Através da evolução e do desenvolvimento, os dois ossos sofrem pronação permanente para acomodar o bipedalismo. Ossos do Pé - O pé é formado pelo tarso, o metatarso e as falanges. - É constituído por 7 ossos tarsais, 5 ossos metatarsais e 14 falanges. Ossos Tarsais - O tarso é composto por sete ossos: - Tálus, calcâneo, cubóide, navicular e três cuneiformes. Tálus - É o único osso tarsal que não possui fixações musculares ou tendíneas. - É formado pela cabeça, colo, tróclea e por dois processos, um lateral e outro posterior. - A face superior do tálus está segura pelos dois maléolos e recebe peso do corpo através da tíbia. - Esse peso é dividido entre o calcâneo, sobre o qual está apoiado o corpo do tálus, e a parte anterior do pé que recebe a cabeça do tálus. - O corpo do tálus sustenta a tróclea superiormente e estreita-se formando um processo posterior, ladeado por um tubérculo lateral e um tubérculo medial. Calcâneo - É o maior e mais forte osso do pé. - Na posição de pé, transmite a maior parte do peso do corpo do tálus para o solo. - Dois terços anteriores da superfície superior do calcâneo articulam-se com o tálus e a face anterior articula-se com o cubóide. - A parte posterior do calcâneo tem uma proeminência grande de sustentação de peso, a tuberosidae do calcâneo, que possui processos medial e lateral. Apenas o processo medial toca o solo na posição de pé. Navicular - É um osso achatado em forma de barco, localizado entre a cabeça do tálus posteriormente e os três cuneiformes anteriormente. - A face medial do navicular forma a tuberosidade do navicular. Cubóide - Tem forma cúbica e é o osso mais lateral da fileira distal do tarso. Três Cuneiformes - Têm a forma de cunha e são: o medial (1º), o intermédio (2º) e o lateral (3º). - O cuneiforme medial é o maior osso e, o cuneiforme intermédio é o menor. - Cada cuneiforme articula-se com o navicular posteriormente e com a base do seu metatarsal apropriado anteriormente. - O Cuneiforme lateral articula-se também com o cubóide. Metatarso - O metatarso é composto por 5 ossos metatarsais. - Cada metatarsal tem uma base proximal, um corpo e uma cabeça distal. - O 1º metatarsall é mais curto e mais forte que os outros. - O 2º metatarsal é o mais longo. - As bases dos metatarsais articulam-se com os cuneiformes e o cubóide, e as cabeças articulam-se com as falanges proximais. Falanges - São 14 falanges; - Hálux (1º dedo) – tem duas falanges (proximal e distal); - Os outros 4 dedos possuem 3 falanges cada: proximal, média e distal. - Cada falange tem uma base (proximal) um corpo, e uma cabeça (distal). - As falanges do 1º dedo são curtas, largas e fortes. - As falanges do 5º dedo podem estar fundidas em pessoas idosas. Funções dos ossos do pé - Os ossos do pé formam uma unidade funcional que permite a distribuição do peso para uma larga plataforma a fim de manter o equilíbrio na posição de pé, a conformação e o ajuste às variações do terreno, absorvendo o choque. - Os ossos do pé, também, transferem o peso do calcanhar para a parte anterior do pé, conforme é necessário na marcha e corrida. | |
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| Assunto: Re: Sistema Esquelético | |
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